A arte de pescar à pluma...


Dedico este espaço à modalidade de pesca à pluma, revelando as minhas aventuras, peripécias e toda a minha experiência pessoal...

Catch and release!

domingo, 14 de março de 2010

Flyfishing


















Para mim pescar à pluma (flyfishing) é sem dúvida alguma um desporto de verdadeiro lazer, de autêntico relaxamento. É uma modalidade que se destina essencialmente a pescar salmonídeos. No entanto, também se destina a outras espécies de peixes: tanto de mar como de rio.

Em Portugal, os salmonídeos que se encontram são as trutas fário, as trutas mariscas e os salmões do atlântico. Quanto às trutas arco-íris, infelizmente, já se vêem em alguns ribeiros e rios, pois a sua origem é na América do Norte. Devido ao seu rápido crescimento, em relação às trutas fário, os proprietários dos viveiros criam-nas com a finalidade de as comercializar para consumo interno. Estes viveiros situam-se à beira dos rios e devido a factores, quer naturais quer humanos, algumas destas trutas acabam por “escapar” para os rios, levando desta forma a contribuir para uma das causas da não preservação das nossas trutas autóctones - fário - com as suas pintinhas vermelhas e pretas que tanto as demarcam das outras congéneres.

Os salmonídeos de minha preferência são sem dúvida alguma as trutas fário, quer pelo seu mimetismo, característica camaleónica, quer pela sua voracidade. São muito ágeis, tímidas e difíceis de enganar (pescar). Ora, para capturar "estas meninas" necessário é ter umas boas caixas carregadas com vários exemplares de iscos artificiais que vulgarmente designamos por moscas ou plumas. Estes iscos são fabricados em casa manualmente pelo pescador ou compradas nas lojas da especialidade. Eu, como faz parte do percurso natural de um verdadeiro pescador de pluma, manufacturo-as em casa durante o período de repouso, isto é, o período de defeso que se destina essencialmente à desova dos peixes. Montar moscas também faz parte do relaxamento desta modalidade, pois é uma arte meticulosa. A matéria-prima para a sua construção são os anzóis, as plumas, as penas de aves, as peles de alguns animais e os produtos artificiais de vários feitios, cores e origens.

Os salmonídeos alimentam-se de insectos, vermes, crustáceos, moluscos e de pequenos peixes. A necessidade de enganar este exímio peixe, para além da técnica de lançamento, é de facto o isco. Para tal é necessário conhecer bem a fauna aquática, o meio onde se insere este tão apetitoso ser. Note-se, porém, que o aqui referido apetite é para pescar!... Pois eu defendo até à última circunstância a PESCA SEM MORTE (catch and release).





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